Cleto

 

Meus amigos, já sinto que o tempo em Buenos Aires se vai esgotando. As aulas vão (aprendi a colocar o til!) até o 14 de novembro, e depois está a preparação para os finais. Duas semanas atrás, no sábado 25, na residência houve a Festa da Família: vêm familires e amigos dos residentes para uma confraternização. Saiu tudo muito bem. A festa terminou pela uma da manhã. Depois ainda fomos a um boliche.

 

Não lembro se já comentei antes dos nomes portenhos. "Por las dudas", comento de novo. Chamou-me a atenção a diferença entre os nomes comuns para a gente de 20 anos no Rio e em Buenos Aires… Se, no Rio, Tiago, Rafael, Bruno, Felipe, Carolina são nomes que nunca faltaram nas turmas com que estudei, em Buenos Aires os nomes mais comuns são os seguintes: Facundo, Ezequiel, Federico, Emiliano, Agustín, Ignacio, Tomás, Martín, Matías… Entre as meninas, é Lucía o mais comum seguramente. Eu não conhecia nenhum Facundo antes de chegar em Buenos Aires. Outra coisa é que quase todos têm um segundo nome, que no dia-a-dia nunca usam: Mariano Estéban, Tomás María, Martín Javier… esses são nomes reais de amigos que fiz por aqui.

 

No mês passado houve uma visita de algumas turmas da Faculdade de Direito ao Congresso argentino. Fizemos uma visita guiada pelo prédio antigo, conhecemos os plenários da Câmara e do Senado, e depois um encontro com o Vice-Presidente da República, Julio Cobos. Cobos, que, de acordo com o costume argentino, é também Presidente do Senado, votou contra as retenciones, no conflito do governo com o campo, numa votação já que é histórica.

 

Todos tiraram tantas fotos quanto queriam com o Vice-Presidente, e depois fomos para um prédio anexo, mais moderno, para um encontro com dois legisladores de partidos diferentes, a UCR e o PRO. Foi uma tarde muito interessante para um brasileiro naquela situação… Expressões recorrentes eram: "Cristina tem que aprender com Lula…", "Porque no Brasil as coisas não são assim…", "O empresário no Brasil tem incentivo…" e coisas parecidas. A "Presidenta" estava no Brasil nesses dias. Descobri aí que não é só no Brasil que praticamos o masoquismo nacional. Uma hora o deputado da UCR disse: "Temos que parar de invejar o Brasil e começar a trabalhar!". Foi um pouco engraçado.


Kommentarer

Kommentera inlägget här:

Namn:
Kom ihåg mig?

E-postadress: (publiceras ej)

URL/Bloggadress:

Kommentar:

Trackback
RSS 2.0